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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AUDITORES INTERNOS – FUNÇÕES

ASSESSORAMENTO E CONSULTORIA

A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva, que presta serviços de avaliação, assessoramento e consultoria e tem como objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização.
A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos por meio de uma abordagem sistêmica e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de riscos, controles e governança corporativa

AVALIAÇÃO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Nos dias de hoje fica cada vez mais evidente que os controles necessitam atuar fortemente com uma finalidade preventiva. Não adianta somente identificar e corrigir um problema, após a sua ocorrência.
O que os controles precisam proporcionar é segurança quanto à inexistência de novos desvios nos processos. A avaliação dos controles adotados em relação ao objetivo do processo e aos riscos envolvidos, proporciona a constatação de possíveis perdas financeiras e prejuízos à imagem da organização, assim como possibilita a melhora na qualidade dos processos e a identificação das mudanças ou adaptações necessárias aos procedimentos e rotinas desenvolvidos, visando a sua padronização, agilidade, melhor controle e eficácia.
AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EMPRESARIAIS
Visa identificar e analisar os riscos relevantes como base para determinar como estes riscos devem ser eliminados, minimizados ou compartilhados.
Através da análise de risco se consideram os aspectos internos e externos que podem afetar negativamente a habilidade da instituição em gerir, registrar, processar, resumir e prestar informações sobre todos os seus processos.
O controle é exercido por qualquer ação tomada pela direção, assessorada pela auditoria, pelo conselho e por outras partes para gerenciar os riscos e aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam atingidos.
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS E METODOLOGIAS PARA EXECUÇÃO DA AUDITORIA
O trabalho de auditoria implica a realização de diversas etapas, cujo desenvolvimento requer ordenação e planejamento de o que, como, quanto e quando fazer, e quem o fará. Planejamento é um compromisso para a ação ordenada, realística e sistemática de uma escolha racional, determinado o curso da ação do trabalho a realizar.
O planejamento do trabalho, embora em alguns casos não exista de forma explícita e formal, sempre existe, mesmo que somente na mente da pessoa que o executa, e se assim não fosse, o trabalho não teria consistência. Assim, o planejamento em auditoria consiste na determinação antecipada de quais procedimentos serão aplicados, na extensão e na distribuição desses procedimentos no tempo e nas pessoas que realizarão essas tarefas.
Por planejamento deve-se entender uma metodologia de preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas e os processos de avaliação de que se atingiram as metas programadas.
PLANEJAMENTO
A fase mais importante de qualquer exame é a etapa inicial de planejamento. Não existe outra fase do processo de Auditoria que afete mais o êxito de um trabalho do que o tempo utilizado na verificação preliminar da atividade a ser examinada e planejamento do alcance global.
Os objetivos do planejamento do trabalho de auditoria são:
- Permitir a realização de um exame adequado e eficiente que facilite alcançar os objetivos do auditor
- Facilitar o controle sobre o desenvolvimento do trabalho e sobre o tempo que nele se gasta;
- Estabelecer racionalmente a extensão dos diversos procedimentos de auditoria;
- Evitar sobrecarga de trabalho.
A realização de trabalho de Auditoria Interna, sem planejamento prévio e programa adequado, pode acarretar os seguintes inconvenientes:
- Esquecimento de áreas importantes de análise ou reconhecimento em ocasião em que não seja mais possível ou econômica a sua verificação;
- Demora na identificação de problemas significativos que afetam o objetivo global do exame;
- Não ter disponível a equipe apropriada para o trabalho;
- Omitir a eliminação de procedimentos desnecessários de auditoria em função dos objetivos globais.
A questão crítica ao se planejar uma revisão de Auditoria é a definição do volume de informações necessário para esse fim. Essa decisão depende muito do conhecimento técnico do auditor e do conhecimento específico sobre a atividade a ser examinada.
O planejamento deve se iniciar com a preparação do Plano Anual de Auditoria, onde são abordados:
- Áreas de exame e análise prioritárias;
- Enfoque de rotação de ênfase para determinados Programas de Auditoria;
- Determinação do alcance de Auditoria em determinadas áreas ou Unidades da Organização;
- Previsão de tempo para execução dos trabalhos programados para o ano calendário.
PREPARAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO
Os programas de Auditoria devem ser elaborados de forma lógica e objetiva a fim de possibilitar ao auditor o desenvolvimento eficiente dos trabalhos de campo.
Todo programa de trabalho deve ter as seguintes etapas:
a) Conhecimentos Prévios
Conhecimento das normas gerais, controles, procedimentos e avaliação de risco da atividade da área objeto de exame;
Revisão de trabalhos e relatórios anteriores a fim de se obter um julgamento e enfoque adequados;
A análise do fluxograma da área sob exame, com o objetivo de dar maior ou menor ênfase em determinados procedimentos.
b) Seleção dos Testes
Após a tomada de conhecimento, o auditor deverá decidir sobre a extensão dos testes a efetuar e proceder à seleção de itens ou operações que serão objeto de exame específico. A seleção pode ser feita por métodos diversos como:
- Seleção por amostragem aleatória;
- Seleção por amostragem estatística;
- Seleção por estratificação dos elementos.
O método de seleção, o motivo da escolha e a cobertura dada pela seleção devem ser anotados nos papéis de trabalho.
c) Formalização dos Itens Selecionados
Os itens e atividades selecionados devem ser anotados nos papéis de trabalho, com detalhes suficientes à sua compreensão. Essa anotação deve ser feita de maneira clara e ordenada de modo a facilitar a execução específica dos testes e sua revisão.
d) Estabelecimento de Testes e Procedimentos Específicos
Nesta fase do Programa de Auditoria devem ser anotados, de maneira ordenada, procedimentos a serem executados em relação aos itens selecionados.
Possíveis detalhamentos de itens específicos deverão ser objeto de programas distintos. (Por exemplo: num programa sobre compras de ativo imobilizado deve constar o item “verificar se o fornecedor está cadastrado na Empresa”, sendo que outro programa tratará da adequação do cadastramento).
Para determinados programas de auditoria poderá ser utilizado o sistema de listas de verificação check-lists) conforme exemplos abaixo:
e) Abordagem Geral
O Programa de Auditoria Interna, nesta parte, deve levar o auditor a verificar e anotar aspectos relativos a:
- Controles internos;
- Procedimentos administrativos e contábeis;
- Segregação de funções quanto a conflitos de interesses;
- Legislação vigente.
f) Conclusão
O Programa de Auditoria Interna deverá ser finalizado dirigindo o auditor a:
- Efetuar comentários sobre o trabalho feito;
- Destacar os pontos de auditoria levantados, elaborando recomendações específicas;
- Concluir sobre os resultados do trabalho feito;
- Evidenciar a revisão e atualização do Programa.
Conteúdo retirado do Guia de Auditoria Interna online.

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